sábado, 23 de julho de 2011

Queria abrir a porta o quanto antes.
Não estava bem, só queria desaparecer.
Quando finalmente a chave rodou, entrei, fechei a porta e subi as escadas lentamente, sentindo o nó na garganta a aumentar consideravelmente.
Entrei no quarto, deixei-me cair em cima da cama e chorei como se não houvesse amanhã.
Chorei por tudo, chorei por todas as vezes que não pude chorar.
E quando as lágrimas secaram, saí do quarto.
Desci até à cozinha, bebi um copo de água, acendi um cigarro e fui tratar do jardim.
Ainda não percebi muito bem porque chorei tanto, mas sei que depois de chorar, senti no peito um alivio imenso.
Digamos que arrumei aquele sitio, ficou o que podia ser guardado, guardei aquilo que não queria perder, e tudo o resto foi-se com as lágrimas.


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