quarta-feira, 20 de julho de 2011

Casamento



Hoje meditei sobre o casamento.

Pode parecer-vos esquisito, mas ainda só assisti a três enlaces.

Isto de sermos quatro filhas, não ajudou a que tivessemos a oportunidade de assistir a muitos casamentos. Ou iam só os nossos pais, ou simplesmente não íamos.

O primeiro casamento a que fui, foi o da nossa empregada (nos tempos em que tinhamos posses para nos darmos a tal luxo), e nós (filhas) apenas fomos a cerimónia religiosa. Os outros dois foram os das minhas irmãs mais velhas, a estes não tinhamos como faltar :).

Hoje em dia, de tempos a tempos lá penso no meu, e acho que tal pensamento deve estar relacionado com a evolução que tenho vindo a sentir em mim, enquanto pessoa, enquanto mulher, e certamente também ligado ao facto de sentir o instinto maternal a despertar, cheio de força.

No entanto o meu conceito de casamento passa por algo transcendental, que se sente, que se vive, sem papel nem aliança, porque na minha perpectiva, não é o papel nem a aliança, que nos faz gostar mais ou menos de alguém. Casamento para mim é algo transcendental, que se vive e que se sente.

Mas se vier algo mais tradicional, desde que me faça feliz, e que eu também tenha a capacidade de fazer feliz quem estiver a meu lado, que assim o seja.

Mas quando redobro a minha atenção sobre este assunto, sim imagino uma pequena cerimónia, num sitio qualquer, cheio de paz e misticismo . Com aqueles que nos são mais próximos (de mim e do noivo ainda desconhecido, penso eu de que...) para que todos juntos celebremos o amor e a amizade, que são as únicas coisas que levamos da nossa vida, acho eu que vivo de afectos.

Quando era menina dos meus seis anos imaginava UM casamento daqueles.

Hoje vou-me divertindo a imaginar O casamento. Não só o dia em que tudo se torna "oficial", mas o casamento propriamente dito. O dia a dia, determinadas rotinas, e a para quebrar as coisas a falta delas, de tempos a tempos... Depois um filho, a seguir um segundo e quiçá um terceiro... Cultivar neles, o melhor de nós, da melhor maneira que nos for possível. Envelhecer em familia, ver os filhos e os netos a trilharem as suas metas e objectivos e ter o prazer de os ver concretizar essas aspirações. Envelhecer ao lado de alguém que me faça ter aquele brilho no olhar para sempre, eternos companheiros. Chegar o suficientemente longe no tempo, para que de mão dada possamos olhar para trás, e ao sorrir, depararmo-nos com uma vida cheia que juntos construímos e deliciarmo-nos com aquelas que juntos ajudámos a iniciar. Olhar para trás e sentir o peito cheio do melhor que podemos sentir: amor.

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