quarta-feira, 28 de setembro de 2011

:)




Tinha uma mão vazia e outra cheia de nada.
Pegaste-me nas duas mãos e o teu olhar pediu-me que voasse contigo.
A medo, aceitei e voei.
Levaste-me até às nuvens e,
com o teu jeito doce e quente, deitaste-me devagar.
E fiquei por lá desde então.
Vais e vens, e às vezes ficas.
E de cada vez que partes, e de cada vez que voltas, e em cada intervalo também,
Regas-me e enches-me de amor, e tudo passa a ter muito mais significado.

A teu lado sinto-me livre e leve todos os segundos.
Dás-me a conhecer o teu reino,
e vejo-te como o meu rei.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Balanço Verão 2011


Antes demais, a minha noção de Verão abrange os meses entres Abril e Outubro.
Ora bem, em Abril mudei de casa.
Talvez andasse em modo piloto automático desde Abril de 2010.
Trabalhar sem prazer e porque tinha de ser, e de resto preocupava-me em alimentar-me, e ter as contas em dia.
Uma fase mais solitária, mantendo sempre o contacto regular com a familia e dois ou três amigos mais próximos.
Ia vendo a minha vida acontecer, sem perceber muito bem qual seria o caminho certo, e sem nenhum objectivo em particular, mas evidentemente, sempre com muitos sonhos.
Em Abril de 2011, comecei a "socializar" mais.
Até porque, até essa data, morei um ano, practicamente sozinha.
E fui morar com 4 amigas.
É natural que sinta saudades de um espaço só meu, onde me possa refugiar sozinha, ou mais à minha maneira.
Mas apesar disso adaptei-me.
As mudanças sempre me assustara, mas sempre me conseguir adaptar.
E uma casa com cinco gajas só podia terminar em inúmeras tertúlias depois de cada jantar, em que cada uma de nós desabafa o seu dia-a-dia, e o que lhe vai na alma.
Lembro-me de num desses serões, ter sentido um "feeling", como se alguém, que não estava ali me tivesse sussurrado ao ouvido: "Eih! Deixa-te lá de coisas!
A vida às vezes é uma treta. O truque é vivê-la, em vez de esperar que ela aconteça!".
E de repente deu-me vontade de sorrir, sair, dançar, cantar, conhecer, descobrir, e fazer isto tudo ao lado que quem realmente importa.
E ainda que por vezes a medo, tento ser e dar o máximo de mim, em qualquer situação.
Há mascaras que serei sempre "obrigada" a usar.
No entanto, agora moldei-as um pouco mais a mim.
Quem o merecer irá conhecer-me sem elas.
E lembro-me de ter comentado com as 4 meninas que moram comigo: "Acho que estou com o feeling de que este Verão poderá ser diferente. Vamos aguardar e ver."
O Verão foi uma sequência de acontecimentos da qual eu só me apercebi a meio da mesma.
E até isso foi engraçado.
Foi um Verão com muito trabalho, com muitos dias a seguir às quinhentas, mas foi um Verão diferente de todos os outros, por os dias pareceram mais compridos que nunca.
Em cada dia arranjei sempre tempo para fazer mil coisas diferentes.
Conheci algumas pessoas, e tive verdadeiramente prazer em conhecê-las.
Foi um Verão cheio de emoções e afectos.
Foi um Verão cheio de surpresas e acontecimentos, uns muito bons outros muito maus.
Foi um Verão cheio de passeios, grandes e pequenos, de descobertas por esse Portugal fora.
Foi um Verão muito feliz, e há muito que não tinha um Verão assim.
Este Verão terminou com 3 semanas seguidas de férias, que entre os passeios acima mencionados, foram essencialmente passadas na terra que me viu crescer.
Foi bom poder acordar vários dias de seguida com o cantarolar dos passarinhos de manhã.
Há muito que não tinha tanto tempo seguido para descansar.
E por isso estas férias foram mágicas, bem como todo o Verão.
Porque graças a alguém muito especial, o Verão trouxe-me o sentido, que eu desconhecia que dele tanto precisava.
E olhando para trás vejo um Verão de tons alaranjados, regado de excelente companhia, emoções, amor..., sorrisos e gargalhadas, paz, serenidade... vejo um Verão brutal, o melhor Verão dos ultimos tempos.
E a ti meu amor, só te tenho a agradecer o que me fazes sentir e saborear...
É mágico.




terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pessoas

Reconheço que tenho uma imaginação um bocado fértil.

Adoro, por brincadeira, fazer grande filmes à volta daqueles pequenos mistérios entre os amigos, conspirações a brincar.

Às vezes até acerto.

Não consigo ler um livro sem criar todo o cenário.

E é por causa disso que não vejo filmes adaptados de livros.

É sempre uma desilusão, na minha imaginação tudo é mais bonito.

Acho que não serei a única, a imaginar como serão as pessoas, quando me falam delas e eu não as conheço.

Ouvi durante uns 5 anos falar de um senhor.

Falavam-me tão bem dele que o imaginava com pelo menos uns dois metros.

Quando o conheci, esperava uma outra pessoa, pelo que quando o vi achava que nunca tinha ouvido falar dele.

Quando o dito homem se apresentou até fiquei tonta: tem no máximo 1 m e 55cm.

Já ouvi falar de pessoas que as imaginava de forma muito diferente do que o que são na realidade.

Já ouvi falar de pessoas que corresponderam à minha primeira imagem mental delas.

E já ouvi falar de pessoas, que mesmo sabendo muitas coisas acerca delas, nunca consegui formar uma imagem clara.

E são essas que mais gosto de conhecer, porque regra geral surpreendem-me sempre pela positiva.


A Avó Teresa é a pessoa mais perto de ser a minha avó materna.

Pois era a melhor amiga da minha verdadeira avó materna, a avó Manela que nunca cheguei a conhecer.

Na verdade era um grupo de melhores amigas: a Avó Manela, a Avó Teresa e a Tia Luísa que também não conheci.

Mas foram tantas as histórias que me foram contadas pela Avó Teresa sobre as três amigas...

Ainda há um mês, mais coisa menos coisa, me esteve a contar que entre os turnos esquisitos do aeroporto arranjava sempre tempo para ir visitar a minha Avó Manela, já doente na altura, e para levar a minha mãe a passear.

Ainda este fim de semana havia falado nela.

E tenho pena, que já não possa conhecer quem eu lhe queria apresentar.

Tenho a certeza que ia gostar dele.

Vou guardar bem as memórias do nosso último jantar em que relembrámos juntas as canções que a Avó Teresa chegou a cantar no Hot Club.

A Avó Teresa adorava rir, cantar, receber os amigos, e neste momento consola-me o facto de acreditar que quando morremos, a nossa alma passa para uma outra dimensão, e nessa dimensão podemos reencontrar os que partiram antes de nós.

E acredito que agora a Avó Teresa, a Avó Manela e a Tia Luísa estão a pôr a conversa em dia, depois de tanto tempo sem se encontrarem.

Avózinha Teresa, minha querida, vou para sempre recordar a sua cara nem disposta, cheia de sardas e com um sorriso lindo esboçado.

Até já!*

segunda-feira, 19 de setembro de 2011



E 99% dos meus dias passaram a ser de felicidade constante.

Apaixonada como nunca, multiplicam-se os sonhos, e vou vivendo um dia de cada vez, como se cada um fosse o último.

Tenho sede da vida e de ti.

Tudo me parece mais bonito, e mais fácil de levar... graças a ti!

domingo, 11 de setembro de 2011

Inevitavelmente associo este quarto a ti e a nós.

E ontem, ao deitar-me a saudade invadiu-me e aquela cama tornou-se maior que nunca.

A saudade é sem dúvida o que melhor nos permite ter a noção do quanto alguém nos é importante.

E sobretudo ontem, tive saudades tuas e desejei ter-te ali, ao pé de mim.

Não me achava pronta para te amar até ao dia em que me permiti amar.

E se "antes" estar longe de ti já era estranho, agora então...

Fica a esperança de te encontrar no mundo dos sonhos.



Toca em mim levemente e fica comigo até que o sol regresse do seu sono.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011



Faz-me falta a tua boca, desenhada para sorrir devagarinho.

O sorriso mais doce que conheço...

E fazem-me falta os teus olhos escuros, misteriosos, enigmáticos, os teus olhos doces que por vezes chegam a mergulhar nos meus de tanto olhar para ti.

Por vezes tenho a sensação que esse teu doce olhar me mede a alma, de tão intenso que é.


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Somente ouvir...

...e por vezes perguntar.

Das coisas que mais prazer me dá, e por vezes até me comove, é tão somente ouvir o que os mais velhos têm para nos contar.

E aqui, na minha terra, o prazer é ainda maior, porque os conheço, e porque muitos deles andaram comigo ao colo.

Perco-me a ouvir as suas histórias, tão promenorizadas, que consigo imaginar quase tudo.

Falam-me dos outros tempos, dos trabalhos no campo, de como era namorar antigamente.

Todos eles têm a face cravada de rugas, rugas do sol e do frio, marcas do trabalho e de uma vida repleta de histórias.

E nas mãos, têm nós do trabalho, e da velhice, mas nem assim aquelas mãos param.

Ainda fazem renda e bonitas peças de artesanato, fazem-nas quase sem olhar, enquanto me falam da vida.

Eles ficam felizes, e eu só tive de os ouvir.

Tão somente ouvir aqueles velhos que tanto têm para contar e como a maioria dos velhos neste país estão sozinhos, tão sozinhos que é quase como se estivessem abandonados.

E a minha geração mostra-se indiferente a isto, e eu não o consigo aceitar.

Vejo em cada velho uma biblioteca carregada de exemplares únicos.

Vejo em cada velho, o bebé, criança, jovem, adulto e velho que esse velho é.

Interesso-me pelo que me querem contar.

E no final de cada conversa, enche-me o coração ver o sorriso deles, e sei que aprendo sempre mais alguma coisa.

E sigo para a casa com o sentimento de "boa acção do dia executada".

E pensar que estas boas acções nada custam...

Eles não pedem nada, a não ser cinco minutos de companhia.


"O segredo é amar

mas amar com prazer,

sem limites,

sem linha de horizonte..."


Fernanda de Castro - "Amar"

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A paixão pela arte de cozinhar


Ultimamente cozinhar tem me dado imenso gosto.
Comecei a cozinhar com o meu pai com os meus 12 anos.
O meu primeiro prato foi uma lasanha, que fez tanto sucesso, que acabei por me fartar de fazer lasanha.
Comecei as minhas primeiras aventuras culinárias quando passei a morar sozinha.
Só que entretanto fartei-me de cozinhar para uma só pessoa.
Até porque o à vontade financeiro para comprar ingredientes novos, e aumentar a qualidade dos meus pratos não era muito na altura.
Melhores tempos chegaram e comecei a investir em pratos diferentes, por estar farta de comer sempre as mesmas coisas.
Hoje chego à conclusão que das coisas que mais prazer me dá é sem dúvida cozinhar para os meus.
E dou por mim a fazer um novo prato, a prová-lo e a pensar em formas de o tornar melhor.
E comecei a fazer um registo das minhas receitas.
Tiro notas do que devo acrescentar, do que devo substituir.
Vibro com a oportunidade de testar as minhas novas combinações de sabores com os meus.
E a ideia de fazer uma compilação de receitas a sério, vai ganhando força.

domingo, 4 de setembro de 2011

Há dias uma colega minha que foi mamã pela segunda vez há dois meses, foi apresentar-nos o seu rebento.
É das pessoas com quem trabalho que mais admiro, por isso foi muito bom revê-la e conhecer o principezinho.
E gostei do à vontade com que ela me pôs o pequenote ao colo.
O coração de mãe não entrega os filhotes a qualquer um e então entendi aquele gesto como um voto de confiança também.
E há imenso tempo que não pegava ao colo um bebezinho tão pequenino e frágil.
Mas há melhor coisa que a capacidade que o Homem tem para conceber e gerar vidas?
Tudo o que é pequeno tem graça, é verdade, mas o que mais mexe comigo é ver aqueles seres pequeninos e inocentes e pensar que dentro de alguns anos, terão os desafios que todos nós ao crescermos temos.
Está na mão, de quem por eles olha, os princípios e os ideias que um dia aquelas novas vidas irão defender.
Sim, pegar naquele bebé fez com que o meu instinto maternal desse mais uma cambalhota.


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Vem rápido amor que lá fora chove e faz frio.

Deixa a tua camisola no cadeirão, abraça-me e faz-me outra visita guiada ao vulcão do amor.

Ou então abraça-me apenas, e vamos ficar os dois, como um só, entrelaçados a ouvir a chuva que cai lá fora.

Vem para ao pé de mim e desta lareira que me aquece.