domingo, 26 de fevereiro de 2012

Mais um primavera

Hoje o dia foi assinalado por ter acumulado mais uma Primavera, com cheiros e cores de Primavera.
Tive o privilégio de partilhar este dia com o meu amor, família e a oportunidade de falar como todos aqueles que de facto me são importantes.
O dia foi passado no meu pequeno pedaço de paraíso alentejano, sob os raios quentes de um sol imenso, que embora seja estranho para a altura do ano em que estamos, sabe sempre bem.
O regresso à capital foi marcado pelo céu do final do dia, todo ele mesclado de cores como o lilás, roxo, cor de laranja, vermelho e cor de rosa.
Enormes bandos de aves migratórias, atravessam todas essas cores perdendo-se no horizonte que marca a fronteira entre as extensas planícies salpicadas de uma oliveira aqui, uma azinheira acolá, mais à frente um imponente sobreiro, e gado que livremente pasta por essas extensões de mato por desbravar que tanto me fascinam e me fazem querer, hoje mais que nunca, retomar uma vida na terra que me viu nascer e me fez crescer, e todo aquele imenso céu, sem uma única nuvem, que na noite anterior nos contemplou com um magnifico manto de estrelas, como se fosse uma noite de Agosto.
Sou feliz.
E a simplicidade é o truque.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Monsanto



Desde que vim para Lisboa que me queixava da falta de mato.

Portanto mato para mim é um sitio cheio de árvores, pasto, e trilhos de terra batida, ou mesmo sem trilhos, mas um sitio sem urbanizações onde se possa "pastar".

Já havia perguntado a imensa gente: "Mas Lisboa não tem mato?".

Depois de ter morado 18 anos num monte alentejano, no qual quando abria a porta da rua já estava no mato, vir para Lisboa foi um pequeno grande choque.

Mas ao fim de 5 anos consegui mudar a minha ideia relativamente a esta cidade.

No domingo passado levaram-me a "pastar" :).

E descobri o mato que tanta falta me fazia no Monsanto.

E confesso que eu que sempre fui contra morar eternamente em Lisboa (não quer dizer que agora queira ficar aqui para sempre), descobri que afinal esta cidade até tem uns espaços engraçados, que não substituem o meu rico Alentejo, mas que podem enganar bem a saudade.

E projectando a nossa vida no futuro, senti que aquele é o espaço onde quero levar a minha familia de vez em quando, se ainda estiver em Lisboa, quando a formar.

Desistir

Confesso que houve momentos em que pensei seriamente nisso.
Hoje dou graças por nunca me ter levado realmente a sério.
Segue o teu destino, rega tuas plantas, ama tuas rosas. O resto é sombra de árvores alheias...

(Fernando Pessoa)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012


Não sou, nem chego para todos.
Dou muito valor ao meu mundo.
Mundo esse cheio de surpresas, palavras soltas, cheiros, sabores e cores misturadas.
O meu mundo nem sempre tem o céu azul, mas nele cabem todos os sonhos do mundo.
Não é suficientemente grande para toda a gente.
Mas as pessoas que nele constam, não estão lá por acaso.
São as necessárias para ser feliz.

Para todos os Mr. Perfects que conheço...



...mais uma vez, nem tudo o que reluz é ouro, e essas mascáras onde tanto se querem esconder, um dia, mais cedo ou mais tarde, acabam sempre por cair.

Portanto, deixem-se lá da moralismos.

Sejam felizes como são.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Pole Dance

Acabei de comprar o meu primeiro work-shop de Pole Dance.
E confesso que estou a adorar a ideia de ir aprender umas coisas novas.
Dançar faz parte de mim, e juntar isso a uma envolvência mais sexy, erótica, quente e intimista, parece-me uma excelente combinação.
Depois conto como correu.

A sugestão de...

Ementa de hoje:

Chop suey de frango acompanhado de arroz basmati e mousse de manga para a sobremesa.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Vinde a mim...


...tachos e caçarolas, que ultimamente tenho redescoberto o prazer de cozinhar.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Conversas com os meus botões - continuação

Enquanto preparava o jantar (que está agora no forno) lembrei-me que também gostava de ser cozinheira. A ementa de hoje é: lombo de salmão embrulhado em papel de alumínio no forno, acompanhado de batatinhas gratinas e salada de alface ice-berg.
Ultimamente tenho cozinhado pouco, mas na verdade adoro cozinhar e partilhar o que cozinho com os outros.
Afinal também podemos fazer os outros felizes pela boca (salvo-seja).

E é a comida, que reune gente à volta de uma mesa, e o convivio entre os que se amam é fulcral, pelo que fica aqui mais um sonho meu, o de um dia ter um petit restaurant.

Conversas com os meus botões

Depois de mais um dia de trabalho, naquele sitio que é a minha segunda casa, onde de momento não estou feliz, e de uma ida ao super-mercado um tanto ou quanto atribulada, eis que chego a casa, e não está lá ninguém. Arrumei as compras e vim um bocadinho para o sofá. Acho que não o fazia há meses. Uma televisão, um computador, o sofá.... ah o sofá, tudo só para mim.
É engraçado morar com amigas e tal, mas estes momentos às vezes fazem-me mesmo falta, e nem sempre consigo estar sozinha em casa.
Acendi um cigarro e depois de ler o meu último post, e os comentários que lá me deixaram. aconteceu algo meio-psicadélico.

Uma de mim é o ontem, a outra é o hoje

Ontem: O que é amar para ti?
Hoje: Amar é querer fazer feliz os que nos rodeiam.
Ontem: E já pensaste que fazer feliz alguém, pode passar por ajudar o próximo?


PUFFFF

Voltei a realidade, e....... EUREKA!

A chave deste alivio mental e de encontro espírito-pessoal é a seguinte:

Se um dia puder mudar de trabalho, quero ir trabalhar para um sitio onde a minha dedicação, o meu esforço contribuam para a felicidade do próximo. Quero fazer algo mais humano, mais pessoal e intimista. Quero fazer algo em que se trabalhe para melhorar o mundo do outro.
Não sei me estou a fazer explicar bem.
Concretamente, confesso que não pensei em nenhuma profissão em particular, mas sei que este é o caminho que um dia gostava de poder seguir.
Marcar alguém, ainda que em nome de uma empresa qualquer.
De repente, penso em crianças. Sempre quis ter um infantário. Trabalhar com crianças, com amor. Sei que seria feliz. Trabalhar para causas humanitárias, acção social, algo que possa contribuir para melhorar a vida dos mais carenciados.
Todos nos queixamos, mas...
Há pessoas na rua, com frio, doentes, sem comida, com filhos, sem comida, sem um tecto, sem uma casa de banho (que para nós é uma coisa tão banal), vitimas de violência doméstica, sem nada, pessoas sós, com mil e um problemas... mas ainda assim nós queixamos-nos, e enquanto nos queixamos, nem nos passa pelo pensamento que estas pessoas existem, e tenho a certeza que se o tempo que já gastámos a queixarmos-nos, tivesse sido empregue para ajudar alguém que precisasse, havia umas quantas pessoas mais felizes agora.
Porque fazer o próximo feliz, me faz feliz.