quinta-feira, 30 de abril de 2009

Pensamento do Dia


A depedência é uma besta que dá cabe do desejo, e a liberdade é uma maluca que sabe bem quanto vale um beijo.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

FIAPE


Para quem não sabe, este fim de semana, em Estremoz, realiza-se mais um FIAPE (Feira Internacional Agro-Pecuária de Estremoz).
Cheira-me que vai ser mais um fim-de-semana memorável.
Espero na quinta-feira, depois da consulta que tenho ainda ter tempo de ir para o meu rico alentejo. Também se não for logo na quinta, garanto-vos que sexta estou lá.
Tenho saudades de tudo: do cheiro, da calma, das pessoas, da FIAPE (pois), de casa dos meus pais, daqueles pães com chouriço bem quentinhos...
Não tenho andado muito bem, por inúmeras razões e tenho fé neste fim de semana.
Quer tu vás, quer não, eu vou. Contigo ou sem ti, este fim de semana vou fugir para o Alentejo.
Odiei ter-te dito o que disse na segunda. Odiei ter ouvido o que me disseste na segunda, porque tudo me continua a cheirar...."à canção do bandido". Espero estar enganada. E se de facto não estiver, quem perde és tu. E se queres que te diga, já me estou um pouco a marimbar para isto tudo.
Meninas... não sei como é que querem fazer na sexta, mas no sábado temos José Cid para ver, e vai ser um daqueles noitões!
A todos um bom fim de semana!


segunda-feira, 27 de abril de 2009

Adeus

Porque talvez seja o meu poema favorito...



Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mão à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
e eu acreditava.

Acreditava,
porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário, n
o tempo em que os meus olhos
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.

Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

Eugénio de Andrade

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Acordar bem disposta


Acordo com os raios de sol que rasgam a persianas.

Espreguiço-me, sentindo o corpo todo. O outro lado da cama ainda está quente (que sensação reconfortante). Rebolo um pouco, agarro-me à tua almofada, aproveito e fecho mais uma vez os olhos para aproveitar "só mais cinco minutos".

Os lençóis guardam o teu perfume e deixaste a camisola no cadeirão.

Passados os tais cinco minutos, que na verdade foram quinze e já estou atrasada, levanto-me com uma boa disposição inexplicável.

Vou à janela, e se ainda tiver tempo, acendo o primeiro cigarro, enquanto me deslumbro uma vez mais com a parte antiga da minha nova cidade. Como sempre uma velhinha a estende a roupa, uma raparigda dá de comer aos gatos do bairro, ouço o assobio o amola-tesouras, e passa o senhor do quiosque que me acena a mão e me diz bom dia, a quem respondo com um sorriso.

Depois de me ter perdido um pouco, volto ao quarto.

Visto aquele vestido roxo que tu tanto gostas, tomo atenção ao dar o laço, calço uns sapatos pretos, e mal me penteio como é habitual.



Bato a porta e vou viver. Bom dia meu amor!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

"Às vezes pareces desinteressada, não sei..."

eu não merecia ouvir isso.

Desinteressada eu?
Que grande lata.

"Espero que não me estejas a usar como um tranpolim, para chegares a outra pessoa..."

Será que te conheceço? Será que é mesmo contigo com quem tudo partilho desde Dezembro? Será que vai ser assim para sempre? Será que vale a pena? Será que vais dar um volta a tua vida, como me prometes há meses? Será que vale a pena sonhar com tudo aquilo que dizes que um dia vai acontecer?

Tenho a sensação que gosto em demasia de ti. E tu habituaste-te a isso.

Eu nunca me posso questionar que tu ficas logo passado.
Mas tu desconfias as vezes que te apetece, mandas as bocas que queres. E eu? Eu ouço, como e calo. Já houve momentos em que nada te disse com medo de te magoar, de te perder. Agora já não digo nada, porque de nada vale falar, pelo menos contigo.

Gostava tanto que por cinco segundos que fossem te pusesses no meu lugar....
E depois perguntar-te afinal quem tem a má postura no meio de tudo isto.

Gosto mesmo de ti. Mas não sou de ferro. E começo a sentir-me cansada.
Já tive tantas certezas e agora....? Certezas? Nem uma!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Espaço da Anusca

Já tinha desistido disto... dos blogues.

Mas depois de um fim de tarde tão bem passado (oh yeah xD) no Alto do Parque Eduardo VII e depois de uma curta mas profunda conversa com um amigo meu, resolvi criar um novo espaço para poder de alguma forma exteriorizar aquilo que me vai na alma, que preciso de libertar, mas que por vezes não tenho coragem, ou... outra coisa qualquer para o fazer. Mas que se não o fizer, dá comigo em doida.

Além disso escrever, divagar...para mim é um prazer.
Obrigada e beijinhos Pedro, por me teres inspirado de novo.