terça-feira, 30 de julho de 2013



Chego ao monte e sinto um aroma extremamente familiar e reconfortante.

O calor do Verão envidencia os cheiros da minha infância, e no ar consigo sinto uma mistura de poeira, com figos e amoras.

Passado todo este tempo é que descubro o quão especiais são para mim os cheiros do sitio que me viu crescer.

Farta da cidade, são cada vez mais as vezes que vou ao Alentejo e não me apetece voltar.

A vontade que tenho de me dedicar às àrvores que tantas vezes deram sombra às minhas brincadeiras, à terra que tantas vezes pisei, à casa onde cresci, ganha uma enorme dimensão.

Não consigo imaginar o meu futuro noutro lugar.

Não há sitio nenhum que me transmita mais serenidade, e que me dê vontade de assentar raízes.

Um dia vou conseguir voltar, e quando esse dia chegar, não precisarei de mais nada para me sentir feliz a 100%.

Sou demasiado apaixonada pelo campo, pelas suas gentes, pela forma como lá vida corre leve, levemente.

E apesar dos musculos doridos de podar as àrvores, sei que podaria àrvores para o resto da vida, se fosse isso o necessário para voltar ao sitio que mais me fascina.

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