quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

E muito a custo...


...lá regressei eu do meu Alentejo. E pelo caminho até esta cidade, cheia de sujidade, fumo, pessoas, luzes e barulho, via a chuva a esbater-se no vidro do carro, com aquele luz de fim de tarde e dei-me conta que aquele meu Alentejo é explendido em qualquer estação do ano. Mas no Outono e no Inverno fica com os meus tons favoritos... o cinzento do céu mistura-se com o castanho da terra lavrada e com o verde que dará origem às douradas searas do próximo ano. E ao ver assim o tempo, e já com saudades de casa, comecei a sentir um nó na garganta e as saudades de quando era pequenina apareceram vindas de não sei onde, e só me apeteceu voltar para trás, correr para o colo da minha mãe, calçar umas botas de borracha, uma gabardine e pedir-lhe para irmos brincar nas poças da chuva. E fiquei até adormecer com uma fotografias dos pais e das manas na mão, com as lágrimas a escorrerem-me pela cara, fazendo-me ainda mais frio que aquele que eu já sentia, com saudades de tudo aquilo que já não volta mais. É bom crescer, é necessário tomarmos as rédeas da nossa vida... mas nunca ninguém disse que era fácil.

2 comentários:

  1. Estou orgulhosa de ti, pequena flor do bosque...a Vida é mesmo isto, ora chorar, ora rir, ora ganhar, ora perder, ora querer, ora deixar ir, estou contigo, sempre!

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