terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sr. Primeiro Ministro


Há muito que pensava em dedicar-lhe uns minutinhos da minha escrita.
Não o merece de todo, mas eu sou assim, há coisas que não consigo calar.
Como se atreve a dizer que "cada português deve não sei quantos mil euros"?
Sr. Primeiro Ministro, eu não devo nada a ninguém!
Não vivo acima das minhas possibilidades! E dou-lhe um exemplo:
Não posso comprar um carro de alta cilindrada, então o meu primeiro carro foi um Volkswagen Jetta de 1990.
Diga isso a quem pediu empréstimos sobre empréstimo, mas não torne a repetir que "cada português deve não sei quantos mil euros?".
Não devo a ninguém, nem a nenhum banco, nem tão pouco ao governo que o senhor assumiu que ia dirigir.
Trabalho honestamente, e ganho pouco acima do salário mínimo.
Desconto mensalmente e aquando do IRS, por não ter filhos, nem despesas com saúde (graças a Deus), ainda vos pago um pouquinho mais.
Não acha que já chega?
Antes de cortar no salário do trabalhador honesto, olhe para si e para o seu governo.
São mesmo necessários tantos funcionários no Parlamento, que ultimamente pouco ou nada faz para viabilizar o nosso país?
Sei que não nos conhecemos, mas permita-me dizer-lhe que do pouco que mostram nas televisões sobre as vossas assembleias, nada tem a ver com a gestão de um país, parece uma turma qualquer, numa escola qualquer, com os desatinos normais das crianças, a chamarem nomes uns aos outros.
Serão precisos assim tantos carros à vossa disposição?
Não são, claro, mas com contractos de leasing a 20 anos (se não for mais) é complicado dizer agora que não são precisos não é?
Não votei no seu governo.
Mas faço parte do país que o senhor não gere e custa-me ver que a vossa prioridade não é o bem estar do país.
Custa-me ver que pede sacrifícios a tordo e a direito de boca cheia a este povo, mas nem se preocupa em dar o exemplo, quando qualquer líder que saiba ser líder, está ciente que dar o exemplo é fulcral.
Mas o problema é esse mesmo:
Este país está cheio de senhores que dizem que são chefes.
Mas do dizer que se é chefe, ao saber-se ser chefe, vai uma longa distância.

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