quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Fucking desire


Fumo um cigarro atrás do outro, até me saberem mal.
Procuro memórias materiais para te sentir mais perto. Não encontro nenhuma. Não há fotografias, nunca me ofereceste nada, não há uma camisola esquecida no cadeirão, nem se quer te consigo associar a um perfume, a um cheiro... Não consigo recordar as tuas expressões... Foram tão poucas as vezes que tive oportunidade de as decorar, mas na altura, nem me preocupava muito com isso, ou então sentia-me tão pouco à vontade que nem se quer tinha coragem para olhar para ti directamente.
Acendo outro cigarro.
Procuro nos armários cá de casa vinho, gin, ou algo que possa preencher o espaço que ocupas em mim, mesmo que momentaneamente e nem isso há.
Então chego à conclusão que algo de muito estranho se passa comigo e com os meus dias.
Mas afinal o que é isto? Que merda é esta?
Porque é que de repente estou embrulhada contigo até aos cabelos?
Chega o fim de mais um dia.
Brinco as fadas do lar para me distrair.
As tuas palavras repetem-se vezes sem conta na minha cabeça.
Descubro que afinal preciso mais de ti do que aquilo que pensava.
"ISTO É UMA LOUCURA" digo para mim mesma nos raros momentos de lucidez que vou tendo.
Como é que isto chegou a este ponto?
De onde isto apareceu?
Não sei explicar...
Eu que, normalmente, detectava este tipo de coisas desde o primeiro momento, não consigo compreender o exacto momento e o porquê de ter de ter ficado, quase, dependente de ti.
E é nestes fins de dia que mais te quero.
Mas como se eu nunca te tive assim?
E mais que um desejo carnal, é a vontade/necessidade do teu abraço, do teu mimo!
Quero saber cada pormenor teu.
Quero saber como é estar sozinha contigo.
Quero-me rir só contigo.
Quero saber se vais desplotar em mim a timidez que eu dava como vencida.
Quero observar-te enquanto fumas um cigarro.
Quero tocar-te da forma mais delicada que conseguir.
Procuro dirigir esta overdose de borboletas para outro alguém. Não consigo! Tentei mas não consigo. É a ti que eu quero. Porque só tu me fazes sentir essas borboletas.
Levanto-me, não consigo dormir. Vou até à cozinha, bebo água.
Volto para a cama, finalmente adormeço e sonho contigo (todas as noites).
Nasce mais um dia, vou trabalhar, dou o meu melhor por mim e para tentar esquecer-te naquelas oito horas que ali passo. Olho para o relógio, são 17.30...
A ansiedade volta a tomar conta de mim.
Não consigo tirar os olhos do telefone à espera do teu telefonema...

5 comentários:

  1. Estás apaixonada amiga?
    Parece-me que sim.

    Compreendo perfeitamente o que sentes. Eu ainda estou em fase de estágio, se bem que vão fazer quase dois meses desde que lhe dei o último beijo. Comigo guardo o gosto do último que não sabia que seria, pensei que iriam haver mais. Felizmente recordo-me como se tivesse sido há minutos...

    Um beijo e força amiga...dê no que der, tens de te aguentar e...não fumes muito que isso dá cabo de ti.

    Bjs

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  2. Sim é paixão.. vai arder enquanto tiver por onde o fazer... E espero que isso aconteça rápido... É um sufoco viver assim!

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  3. Bem tanta borbuleta que anda por aqui á solta!:)

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  4. esta altura e sempre gira para fazer um jantar de natal entre amigos .... porque nao ligas a convidar ...

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  5. Convida-lo a ele???????? Não podeeeee.

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