terça-feira, 8 de novembro de 2011

Os que me conhecem comme il faut, sabem-no bem.
Um dos meus maiores sonhos é ser mãe.

Lembras-te do nosso primeiro café, naquela esplanada da marina?
Foi engraçada forma como nos demos a conhecer em poucos minutos.
Falámos de nós, contámos histórias, sonhos e segredos.
Falámos sobre as nossas famílias, infâncias e sobre os amigos.
Falámos sobre os melhores amigos.
"O meu melhor amigo vai ser pai, e estou muito contente por ele. Eu também quero muito ser pai. Os miúdos são demais. Deve ser brutal poder "formatar" aqueles pequenos seres , com os nossos princípios e ideias"
Disseste-me tu (se não foram estas palavras, foram outras muito parecidas).
Recordo-me bem de ter pensando: "Oh... ainda não sei quem és, nem porque propósito as nossas vidas se cruzaram. Mas deste-me vontade de ter um bebé teu, tipo... agora."
Claro que na altura isto não passou de um puzzle mental cor de rosa, aliado às borboletas, à química e aos pulos das hormonas.
No entanto foi a primeira vez que desejei um bebé de alguém real .
(Sim, isto porque quase todas as mulheres desde pequenas imaginam que os príncipes da Disney é que vão ser os pais dos seus futuros filhos.)
Mas efectivamente sem te conhecer sequer, senti que só podias ser tu.
Bem, mas sabes como sou, e tentei não dar muita importância a este súbito e estranho feeling, repetindo para mim mesma algumas vezes "Pára de alucinar!".
O tempo passou, e com ele também muitas águas passaram.
A minha admiração por ti tornou-se maior.
Percebi que contigo podia ser eu mesma, sem qualquer problema.
Fascinou-me a forma como me ouves e te fazes ouvir.
Sempre foste um bom confidente :)
E pouco a pouco fomo-nos tornando cúmplices, tão cúmplices que eu quase nem me apercebi.
E foi assim que surgiu uma ligação e um elo demasiado forte, que se manifestava sobretudo na tua ausência.
E a necessidade de te saber bem, de te ter por perto, de ouvir a tua voz, de sentir o teu cheiro, tornou-se constante.
Uma sede insaciável controlada.
E, ainda que a medo, deixei-me levar pelo coração.
Acho que o que sinto por ti é demasiado bonito para ser guardado só para mim.
Amo-te por tudo o que és, por tudo o que representas para mim, pela tua amizade incondicional, por todas as nossas gargalhadas, pela tua insistência em que eu acredite mais em mim, pelo teu toque, pelo teu abraço quente, pela tua doce voz , por sermos dois num só e por todas as vezes que te quis, sem te ter.

Por tudo isto, e por tudo o que não está aqui escrito...

...Amor, viste a fotografia que está ali em cima?
A seu tempo, quero tirar uma fotografia destas contigo.

1 comentário:

  1. Ohhhhhhhhh que coisa tão linda!
    Tenho a certeza que serás uma excelente mamã ;)

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